fluminense_vs_chelsea_result

Análise completa: Fluminense cai para Chelsea e fatura milhões

No palco grandioso do MetLife Stadium, em Nova Jersey, Estados Unidos, o Fluminense encarou o Chelsea pela semifinal da Copa do Mundo de Clubes 2025 e viveu uma daquelas noites que misturam orgulho, frustração e, para variar, um belo cheque no final.

O jogo terminou 2 a 0 para o Chelsea, graças a dois gols do jovem João Pedro, cria de Xerém, que aplicou a temida lei do ex sem dó nem piedade.

Mas, como futebol é muito mais do que 90 minutos, essa história carrega desdobramentos milionários, reflexões do técnico Renato Gaúcho, um pedido de desculpas do herói algoz e, claro, muitos números para encher tabelas, manchetes e alimentar debates de mesa de bar.


João Pedro, a lei do ex em versão dupla

Se tem uma expressão que faz torcedor suar frio é “lei do ex”.

É quase uma superstição oficializada no futebol: se um atacante enfrenta seu antigo clube, há grandes chances dele balançar as redes. João Pedro levou essa profecia a um nível Master Plus.

Revelado pelo Fluminense, vendido cedo para a Europa, ele voltou para assombrar os tricolores com uma atuação de gala logo em sua primeira partida como titular do Chelsea.

Logo aos 17 minutos do primeiro tempo, João Pedro abriu o placar.

Tudo começou quando Enzo Fernández testou o goleiro Fábio, Cano se atrapalhou na saída, Pedro Neto cruzou e, após um corte de Thiago Silva, lá estava João Pedro para finalizar bonito, superando o goleiro tricolor.

Mas o garoto quis mais: aos 11 minutos do segundo tempo, o Chelsea encaixou um contra-ataque mortal.

Palmer recuperou a bola após um passe errado de Bernal, tocou para Enzo Fernández, que acionou João Pedro. O atacante driblou Ignácio e soltou uma bomba indefensável.

Duas facadas no peito do clube que o revelou. Sem comemoração, por respeito, mas com a eficiência de quem sabe que “o Chelsea me paga para fazer gols”, como ele mesmo resumiu depois.


Estatísticas: quando os números confirmam o que os olhos viram

Para não dizer que foi só “bola e rede”, os números do jogo entre Fluminense e Chelsea ajudam a contar a história de forma científica — ou, pelo menos, matemática.

  • Placar final: Fluminense 0 x 2 Chelsea
  • Posse de bola: Fluminense 45% x 55% Chelsea
  • Finalizações: Fluminense 10 x 15 Chelsea
  • Finalizações no gol: Fluminense 3 x 5 Chelsea
  • Passes certos: Flu 87% de acerto; Chelsea 90% de acerto
  • Escanteios: 3 para o Flu; 4 para o Chelsea
  • Pênaltis: Um marcado e anulado para o Flu após o VAR identificar braço “em posição natural” de Chalobah

Além disso, o Fluminense teve sua melhor chance com Hércules ainda no primeiro tempo, mas Cucurella tirou em cima da linha.

Teve outra oportunidade com Lima, que isolou a bola para a arquibancada.

E para quem gosta de drama, ainda ficou a polêmica do pênalti: o árbitro marcou, mas o VAR foi lá, esfregou o replay na cara de todo mundo e anulou.

Renato Gaúcho jurou que foi pênalti, mas admitiu que isso não explica tudo.


O veredito tático: Enzo Maresca comanda, Renato tenta responder

Na prancheta, o Chelsea não inventou moda, mas executou como um relógio suíço.

O técnico Enzo Maresca armou o time num 4-3-3 clássico, explorando a velocidade e a fluidez entre João Pedro, Cole Palmer, Pedro Neto e Nkunku.

Enquanto isso, o Fluminense veio num 3-6-1 ousado, tentando povoar o meio de campo para travar a criação do Chelsea.

Funcionou até certo ponto. O Flu conseguiu “sofrer com dignidade”, como diria aquele tio no churrasco. Mas bastou um deslize na saída de bola para João Pedro abrir o placar.

Depois do segundo gol, o time de Renato Gaúcho precisou sair mais, abriu buracos e deu espaço para o Chelsea passear em contra-ataques.

No fim, a superioridade técnica, física (e financeira) do clube inglês pesou.


Renato Gaúcho: “Saímos de cabeça erguida, mas a responsabilidade aumentou”

O técnico Renato Gaúcho foi à coletiva e fez jus à fama de falar o que pensa.

Primeiro, valorizou a campanha: invicto até a semifinal, vitórias sobre Inter de Milão e Al-Hilal, empates com Borussia Dortmund e Mamelodi Sundowns, além da vitória sobre Ulsan.

Para quem esperava vexame, o Flu foi além.

No entanto, ele não poupou autocrítica:

  • Admitiu que o time errou muito na saída de bola.
  • Disse que o Chelsea marcou forte, pressionou alto e explorou os erros com passes rápidos.
  • Sobre o pênalti anulado: “Para mim foi pênalti. O braço não estava colado. Mas não vou usar isso de desculpa”.

Renato ainda soltou frases dignas de motivacional corporativo:

  • “A responsabilidade aumentou. O torcedor agora quer o mesmo nível no Brasileiro.”
  • “Estamos há um mês fora de casa. Vou dar uns dias de folga, mas segunda-feira tem papo sério.”
  • “A credibilidade voltou para os técnicos brasileiros. Espero que nos respeitem mais.”

E claro, sobrou espaço para lamentar o abismo financeiro:

“Não adianta competir financeiramente com a Europa. O João Pedro custou mais de 400 milhões de reais. Para clube brasileiro é inviável”.


Premiação milionária: Xerém chora, mas o caixa sorri

Se o torcedor lamenta a eliminação, o departamento financeiro do Fluminense estoura champanhe.

A campanha rendeu um total de 331,12 milhões de reais em premiação, recorde absoluto para o clube numa única temporada.

Para efeito de comparação, em 2023, quando o Flu conquistou a Libertadores, caiu nas oitavas da Copa do Brasil e foi vice no Mundial, o faturamento em prêmios chegou a 194 milhões.

O clube recebeu em cada fase:

  • Fase de grupos: R$ 82,78 milhões
  • Vitória sobre Ulsan: R$ 10,89 milhões
  • Empates com Borussia e Mamelodi: R$ 10,89 milhões cada
  • Oitavas de final: R$ 40,85 milhões
  • Quartas de final: R$ 71,34 milhões
  • Semifinal: R$ 114,37 milhões

No entanto, existe um porém: os impostos.

O presidente Mário Bittencourt já se apressou em dizer que está “batalhando” para reduzir a taxação americana, que pode engolir até 40% do valor. Para isso, contratou um escritório de advocacia especializado.

Se conseguir devolver um pedaço desse imposto para o caixa, vai dar para pagar salários, reforços e, quem sabe, reformar Xerém para formar o próximo João Pedro.


João Pedro: pedido de desculpas e meta na final

Após a partida, João Pedro apareceu para as câmeras da TV ainda ofegante, misturando português e inglês.

Disse tudo com a franqueza de quem entende que futebol é paixão, mas também é profissão:

  • “Estou feliz de marcar meus primeiros gols, mas sei também que esse torneio é muito importante para eles. Não posso só pedir desculpas, tenho que ser profissional. O Chelsea me paga para marcar gols.”
  • “Foi um início dos sonhos. Dois gols, estreia como titular. Agora quero descansar e pensar na final. Vai ser meu primeiro título, quero aproveitar.”

Ele revelou ainda que estava de férias no Rio de Janeiro quando acertou com o Chelsea, treinou com preparador particular e, uma semana depois, estava carimbando vaga para a final do Mundial.

Se alguém duvidava do investimento, agora é melhor guardar a corneta.


O que vem a seguir para o Fluminense

O Flu volta para o Brasil com a cabeça erguida, mas o calendário não dá trégua.

Já na quinta-feira, dia 17 de julho, tem Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã.

Depois disso, Renato Gaúcho vai ter que administrar expectativas: o torcedor, que antes cobrava reação após um 2024 instável, agora quer ver o mesmo nível que encantou na Copa do Mundo de Clubes.

A meta é brigar em três frentes: Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana.

Para isso, o Flu precisará manter o elenco motivado, segurar quem puder do assédio europeu e, talvez, usar parte dos milhões para trazer reforços pontuais.

Não vai ser fácil, mas quem chega entre os quatro melhores do mundo não pode mais se contentar com meio de tabela.


Para o Chelsea, a final é logo ali

Enquanto isso, o Chelsea se prepara para a grande final. O adversário será PSG ou Real Madrid.

João Pedro, que foi acolhido pelos companheiros, agora se concentra em garantir que seus primeiros gols pelo clube virem história com título.

Segundo o atacante, o vestiário o recebeu tão bem que já teve até trote com dança obrigatória.

Se levantar a taça, pode ter certeza: vai ter mais dança e comemoração!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *